Tire suas dúvidas sobre os distúrbios do sono

A especialidade Medicina do Sono é recente a nível mundial e nacional. As pesquisas sobre o sono começaram na década de 1980. Aqui no Brasil o primeiro e único local para especialização nessa área foi criado na UNIFESP - Escola Paulista de Medicina em 1999 na cidade de São Paulo.

 

A clínica possui especialistas em doenças do sono. Esses profissionais tem como formação básica a neurologia e a otorrinolaringologia. Contudo, para atuar na área de Medicina do Sono foi necessário que esses médicos fizessem a especialização na UNIFESP. Portanto em 2001 eles receberam o certificado de conclusão do curso como especialistas em Medicina do Sono e estão aptos a exercer essas atividade.

 

É importante lembrar que além dos profissionais estarem habilitados pela Sociedade de Medicina do Sono, a clínica com seus equipamentos e espaço físico recebeu fiscalização dessa referida sociedade, que forneceu também um certificado de habilitação para funcionamento e execução da Polisonografia.

A clínica conta também com profissionais e recursos técnicos para avaliação, diagnóstico e tratamento das perdas auditivas. Incluindo também a cirúrgia de Implante Coclear.

1.O sol e o sono

 TOMAR SOL FAZ BEM PARA O SONO

A forma como as pessoas são expostas à luz do sol ao longo do dia pode estar associada com a qualidade e a arquitetura do sono. Essa é uma das conclusões da pesquisa “Ligando a exposição à luz e o sono subsequente: um estudo de polissonografia em campo em seres humanos”, publicada na revista científica Sleep (dezembro, 2017). O trabalho analisou o efeito da exposição à luz nas características do sono, envolvendo 20 participantes saudáveis, sem problemas para dormir. “Eram voluntários de cronotipos diferentes - matutino extremo, intermediário e vespertino extremo - que foram monitorados por actimetria com sensor de luz por uma semana nas suas vidas rotineiras. Em seguida, mediu-se o início de secreção de melatonina sob luz de baixa intensidade (DLMO - Dim Light Melatonin Onset) para acessar a fase dos ritmos circadianos e depois duas noites de polissonografia para verificar a estrutura do sono”, explica Prof. Mario Pedrazzoli, biólogo, professor Livre Docente em Cronobiologia Molecular, Comportamental e Epidemiológica, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.

A pesquisa mostrou que a exposição à luz do sol não apenas regula o ritmo circadiano do ciclo sono-vigília como também a arquitetura e a homeostase (um tipo de compensação) do sono. “Classicamente se sabe que os ritmos circadianos, incluindo o ritmo sono/vigília, são regulados pelo ciclo claro/escuro. Significa que os horários de dormir e acordar são regulados em função de como alguém se expõe à luz. Por outro lado, sabe-se que a duração e a qualidade do sono são reguladas por forças homeostáticas. A novidade é que a forma de exposição à luz também está associada com a regulação homeostática do sono”, diz Prof. Pedrazzoli.

Os resultados mostraram que a fase atrasada do ritmo circadiano foi associada à exposição com menor intensidade e mais tardia à luz do dia, além do horário de sono mais tardio. Aqueles que tiveram a exposição à luz mais tarde tiveram mais despertares durante o sono subsequente e latência mais curta para o primeiro episódio de sono REM (Rapid Eye Movement). Ainda, aqueles com menos exposição à luz tiveram uma porcentagem maior de sono REM modulada pela fase do ritmo circadiano. Por outro lado, observouse que a acumulação de sono de ondas lentas foi maior após a exposição à luz na intensidade máxima e a exposição mais precoce à luz do dia.

Existem duas explicações, ainda hipotéticas, sobre como a exposição à luz interfere no sono. “Uma delas é que como a luz regula o sistema de temporização circadiano e este interage com o sistema que regula a homeostase do sono, haveria uma ação indireta da luz neste último sistema. Outra explicação é que vias de transmissão do sinal luminoso no sistema nervoso teriam ação direta no hipotálamo anterior, que é a região em parte responsável pela regulação homeostática do sono. As hipóteses precisam ser testadas experimentalmente”, explica.

Os achados dessa pesquisa poderão alterar a compreensão atual da regulação do sono e sua relação com a exposição prévia à luz do dia. “Os resultados fornecem elementos teóricos para que parte dos distúrbios de sono, principalmente relacionados à insônia, sejam tratados a partir de esquemas de exposição controlados ao ciclo claro/escuro natural”, conclui Prof. Pedrazzoli. 

2.Trabalho noturno X ritmo circadiano

3.Ritmo Circadiano - Nobel de 2017

5.Equilíbrio e Tontura

6.Zumbido

7.Deficiência Auditiva

8.Ronco

9.Apnéia

10.Insônia

11.Outros distúrbios do sono

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